Pois é. O primeiro dos muitos atrasos começou em Brasília, mesmo. Meu avião demorou duas horas pra sair, e eu ali, no saguão de embarque, conhecendo algumas pessoas novas. Quando finalmente embarquei, deparei-me inevitavelmente com uma ansiedade que surgiu em mim recentemente, há cerca de cinco anos: voar. Impressionante, mas não sei explicar nem como, nem porque. O fato é que precisei colocar uma coisa na cabeça: minha vida está nas mãos de Deus, e mais importante era confiar. Afinal, mais do que um vôo de uma hora e meia para São Paulo, eu enfrentaria o Pacífico todo pela frente!
Só fiquei receoso por causa de minha amiga... O celular nunca funciona quando precisamos! O meu tem o dom de ficar sem bateria nos momentos mais cruciais, como, por exemplo, no saguão de embarque, com meu vôo atrasado. Eu havia combinado com ela um certo horário para me pegar no aeroporto de Congonhas, e não tive como avisar do atraso.
Apesar disso, a viagem foi tranqüila, e eu me senti muito mais calmo do que quando fui a São Paulo no ano passado. Após o desembarque em Guarulhos, já com o mochilão nas costas, corri para comprar a passagem do translado para Congonhas, e dei sorte por ter um ônibus saindo quase que de imediato. Fora a surpresa do calor naquele dia -- ano passado, na mesma época, só se via frio! --, o ônibus do translado me pregou uma peça: um óleo "vindo-não-sei-de-onde" fez o favor de se derramar sobre todo o meu mochilão, ou especialmente em pontos estratégicos. Por sorte, toda a minha roupa e calçado estavam em sacos plásticos... à exceção de minha toalha! Não preciso nem dizer que, pelo menos para a viagem, a perda foi total. Tive que ficar uma semana e alguns dias usando toalhas emprestadas. Detalhe: fiquei cinco dias com uma tolha de rosto!
E sabe de uma coisa? Não me perturbou muito isso, não. "Faz parte", pensei, como pensaria em tantas outras fadigas durante a jornada. Realmente, faz parte de uma peregrinação o inesperado, o elemento surpresa, o susto. Jornada é experiência de se desinstalar, deixar as seguranças de lado e se lançar numa santa aventura. E não poucas vezes Deus dá a graça de uma desinstalação interior, também. Basta que prestemos atenção e não percamos a oportunidade de abraçar essa chance que Ele nos dá.
Porque depois Ele se supera e nos enche de bênçãos. A primeira foi quando, já em Congonhas, pude rever minha amiga, que pacientemente me esperava.
Até mais!
Só fiquei receoso por causa de minha amiga... O celular nunca funciona quando precisamos! O meu tem o dom de ficar sem bateria nos momentos mais cruciais, como, por exemplo, no saguão de embarque, com meu vôo atrasado. Eu havia combinado com ela um certo horário para me pegar no aeroporto de Congonhas, e não tive como avisar do atraso.
Apesar disso, a viagem foi tranqüila, e eu me senti muito mais calmo do que quando fui a São Paulo no ano passado. Após o desembarque em Guarulhos, já com o mochilão nas costas, corri para comprar a passagem do translado para Congonhas, e dei sorte por ter um ônibus saindo quase que de imediato. Fora a surpresa do calor naquele dia -- ano passado, na mesma época, só se via frio! --, o ônibus do translado me pregou uma peça: um óleo "vindo-não-sei-de-onde" fez o favor de se derramar sobre todo o meu mochilão, ou especialmente em pontos estratégicos. Por sorte, toda a minha roupa e calçado estavam em sacos plásticos... à exceção de minha toalha! Não preciso nem dizer que, pelo menos para a viagem, a perda foi total. Tive que ficar uma semana e alguns dias usando toalhas emprestadas. Detalhe: fiquei cinco dias com uma tolha de rosto!
E sabe de uma coisa? Não me perturbou muito isso, não. "Faz parte", pensei, como pensaria em tantas outras fadigas durante a jornada. Realmente, faz parte de uma peregrinação o inesperado, o elemento surpresa, o susto. Jornada é experiência de se desinstalar, deixar as seguranças de lado e se lançar numa santa aventura. E não poucas vezes Deus dá a graça de uma desinstalação interior, também. Basta que prestemos atenção e não percamos a oportunidade de abraçar essa chance que Ele nos dá.
Porque depois Ele se supera e nos enche de bênçãos. A primeira foi quando, já em Congonhas, pude rever minha amiga, que pacientemente me esperava.
Até mais!